sábado, 15 de novembro de 2014

ANGUSTIA JÁ CÁ MORA



ANGUSTIA JÁ CÁ MORA





Amo a vida loucamente, mas ela não gosta de mim

Sinto um desejo cadente, estarei perto do fim?

Ai de mim tão padecente





Sou nuvem passageira que vai, ao encontro do nada

Sou como pedinte que cai, ao percorrer sua estrada

Num desejo que se esvai





Mísero ponto do universo, Ofuscado pela solidão

Vivo em mundo tão perverso, sem beira nem corrimão

Sou poema de um só verso





Feito ao Deus dará, Contra o mal e a maleita

Só ele me ajudará, pois de tudo estou à espreita

Sem saber quando será



Sou um escravo acorrentado, minha cabeça não pára

Dou passos desesperado, Nem o silêncio me sara

Até quando…obrigado





Olho as mãos e só vejo dedos, que escrevem em desalinho

Contando os meus segredos, são como aves sem ninho

Com muitas penas e enredos





A velhice mora comigo, e eu moro com ela

Mostra-me o sinal de perigo, de cor bem amarela

Dela já sinto o castigo.





ARIEH  NATSAC

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