POEMA EM CALÃO…
Lá vai de anzol das bias
Mandando alguns bitates
O choninhas todos os dias
De pé fresco e dislates
Não se deixa embarcar
De abertos farolins
Com a guitarra a berrar
Hiberna em seus jardins
Não embica com ninguém
Anda sempre com a jolda
É labrosta sem vintém
Na marosca não se tolda
Trás sempre a noiva consigo
Tem olhos envinagrados
Julga-se pantafaçudo amigo
Mas só anda com quadrados
Foge sempre da ramona
Anda sempre a sarquitar
Com a tola numa fona
Uivando para quem lhe falar
Num vaipe de asneiras
Sai xarope de marmeleiro
Depois zarpa das canseiras
Sem ter frio o fogareiro.
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