quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

POEMA EM CALÃO

POEMA EM CALÃO…


                          Lá vai de anzol das bias            
Mandando alguns bitates
O choninhas todos os dias
De pé fresco e dislates

Não se deixa embarcar
De abertos farolins
Com a guitarra a berrar
Hiberna em seus jardins

Não embica com ninguém
Anda sempre com a jolda
É labrosta sem vintém
Na marosca não se tolda

Trás sempre a noiva consigo
Tem olhos envinagrados
Julga-se pantafaçudo amigo
Mas só anda com quadrados

Foge sempre da ramona
Anda sempre a sarquitar
Com a tola numa fona
Uivando para quem lhe falar


Num vaipe de asneiras
Sai xarope de marmeleiro
Depois zarpa das canseiras
Sem ter frio o fogareiro.




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