quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

AMARGURA


AMARGURA…


Sol que arrefeces os meus dias
Negrume d’um outeiro sem vicio
Onde meus olhos regam um desperdício
Corpo que se arrasta sem mordomias


Pesados meus gemidos sem ter voz
Ai meu coração tão descontente
Onde s’inflama de volúpias sem semente
Caminhando num fatalismo bem atroz


Vejo o longe que auguro bem perto
Sinto a brisa que dilacera o deserto
Aflições que me espicaçam o ser


Clarões qu’iluminam a dor e amargura
Fantasma nas minhas veias trás secura
Rindo de mim e provocando meu padecer.



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