segunda-feira, 6 de junho de 2011

GUITARRA DE MEU PAI



GUITARRA DE MEU PAI



Está posta num canto sossegada
Lembrando horas que se foram
Por aquelas mãos foram abraçadas
Calando trinados que já não choram



Era tanto amor que por ti nutria
Teus acordes eram gemidos plangentes
Tocando-te a alma em melodia
Chorada naquelas horas em tons carentes



Teus embutidos perderam a sua cor
Cordas estão flácidas e desafinadas
Com angustias que serão lembradas



Pelos momentos de algum fulgor
Dedilhados por quem a ti se deu
Guitarra de meu pai com ele morreu.




ARIEH  NATSAC

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