domingo, 12 de junho de 2011

AQUELE BARCO




AQUELE BARCO….



Naquele canto da praia bem perdido lá está
Barco partido e já sem o nome de baptismo
As ondas vão e voltam e trazem o ostracismo
De auroras que ao mar se deram e ficaram lá



Valentes homens fizeram dele cama de dormir
Cobrindo-se de lençóis de arrepios e sem dor
Ferindo a alma dos que em terra sentem fervor
Daquela vastidão de cor que se perde sem florir



Casco de verde acastanhado e moribundo
Beijado por aquele mar rebelde que o cumprimenta
Sarcasticamente bailou com ele por todo o mundo



Uma dança de raiva com braços fortes a bracejar
Vendo quem era o mais forte naquela tormenta
Onde foi o baluarte até um dia se finar.



                          ARIEH  NATSAC


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