quarta-feira, 18 de maio de 2011

SABOR AMARGO


SABOR AMARGO…



Ouvem-se as bombardas na madruga
Em auroras de ócio onde te castigas
Na calada na noite como tartaruga
Pachorrenta. Deslizas num campo de urtigas


Esfaqueia-se o tempo em céu aberto
Há suspiros que se dão sem terem história
Labirintos de raposas em mato incerto
Que mastigam num repasto sem memória


Mergulham em pó de talco e se ocultam
Só lhe vimos na escuridão oiro dos dentes
Mastigando numa sala doiradas sementes


Tendo o sabor amargo de que resultam
Acidez de família enlatada em réstia de cebolas
Que se penduram em seu nome de lantejoulas…


ARIEH  NATSAC

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