terça-feira, 26 de outubro de 2010

ESTREMECES

Tocam-te as minhas mãos
E suspiras
O teu corpo cheira
As flores de rosmaninho
Agitas-te
Em branco linho
Nas alvuras de um desejo
Perdes-te na loucura
De um beijo
E soltas o teu grito
De guerra
Estremeces como junco
Ao vento agreste
Que te assobia ao ouvido
Sem que moleste
Essa paixão
Que te mitiga
E num desejo
Te obriga
Qual vulcão
Expulsando lava
De gineceu acordado
Desvario incontrolado
Que estremece
E não se esquece
Em êxtases
De auras misteriosas
Como misterioso
É o teu corpo
Absorto…
Num hino de prazer
Ávido de tanto querer
Que floresce
Estremece
E fenece
Mas volta sempre a viver.



                                                                                   ARIEH  NATSAC

Sem comentários:

Enviar um comentário