quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

MORTE JUSTA



MORTE JUSTA…


Vê-se ao espelho
Anda de um lado para outro
Não tem saída
Assusta-se quando me vê
Foge e dança
Sem parar
Aquele minúsculo corpo
Há-de parar
Para me continuar
A irritar
Desgraçado não pára
Eu quedo e mudo
Procuro o assalto
Mas ele se esconde
Já não a vejo
Escondeu-se onde?
Ei-lo que aparece
Numa dança inconstante
Que parece provocante
Tento apanhá-lo
Com a mão
Com um pano
Ei-lo que pára
Pé ante pé
Zás
Consigo matá-lo
Ali inerte
Vejo um minúsculo inseto
Morto sem voar
Aquela melga
Nunca mais me irritará.


ARIEH  NATSAC

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