CICLO
VICIOSO
Passo
adormecido pelo cais
Atravesso
tempestades de multidões
Vejo
lá no alto o céu a dizer-me adeus
Eu
caminho e guardo estrelas no peito
Ofereço
a vida que me alimenta
Na
transparência que na alma flutua
Meu
coração balança na varanda
Dos
espaços públicos onde vegeto
Frequento
lugares de pálpebras caídas
Onde
mãos doridas se apertam
Nas
carícias do vento que me espertam
Até
ao limite da minha discrição
Alerta
estou em qualquer momento
Testemunho
a minha cidade mistério
Com
segredos perco-me nos becos da história
Povoados
de janelas floridas
Orvalhadas
por embaladas cantigas
Ouvidas
no palco de um ciclo vicioso
Como
estatua que abana mas não cai
Ando
no cruzeiro sem ter destino
Onde
desce um abraço amigo
A
esta correnteza onde me abrigo.
ARIEH NATSAC
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