FERE-LHES
A CARNE O PERFUME
Trago
o cheiro da maresia
Na
maciez da minha pele
Sou
como flor na ventania
Abelha
que procura o mel
Logo
se ergue uma pura fonte
Água
pura cristalina
Vejo
a miragem de alto monte
No
nascer de sol que nos anima
Neste
tempo são pesadelos
Onde
foge magra luz do dia
Degraus
são bossas de camelos
Frontal
com longa escadaria
Já
estamos no fim do mundo
O
longe cada vez mais perto
Sinto
que o tempo não tem fundo
E
abraço um céu aberto
Há
quem se vista de brilhantes
Cintilam
punhais de ciúme
Bebem
em taças bons espumantes
Fere-lhes
a carne o perfume.
ARIEH NATSAC
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