HOJE
VIAJO NO TEMPO
Hoje
viajo no tempo sem temor
Recordações
são plumas são leveza
Que
estou a esculpir no pensamento
Estradas
de maresia que cruzei
Caminhos
de montanhas que pisei
Levando-me
a luz do firmamento
Hoje
viajo por trilhos distantes
Onde
se arruma tão bela idade
Que
a minha longínqua transportou
Para
lá do equador aportou
Onde
a erosão do tempo cavou saudade
Hoje
viajo ao sabor do tempo amigo
Entre
o sono e o belo sonho
Onde
o Adamastor deixou de ser medonho
E
me recebeu de braços abertos
No
meu peito haviam apenas desertos
Onde
a noite meu exílio enlaçou
Entre
coqueiros e luta de galos
Cafezeiros
e corridas de cavalos
Hoje
viajo nos Alpes nas praias no mar
Com
o cheiro do silêncio onde habito
Velejo
nas palavras e nos álbuns
Que
guardo no relicário dos sentidos
Até
hoje só perdi alguns
Das
lembranças que hoje ressuscito
Hoje
viajo no quotidiano repetitivo
Daqueles
lugares apenas o percurso conheço
Construo
situações carregadas de momentos
Que
perpetuo em quanto for gente
O
amor, multidões, paisagens o sol poente
Instintos
que me inebriam em documentos
Agora
que estou no cabo da idade.
ARIEH NATSAC
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