GEOGRAFICAMENTE…
Ao
cabo da minha vida
Tive
promontórios de sonhos
Na
ilha dos meus desejos
Vi
arquipélagos risonhos
Tive
rios nos teus beijos
Feito
deltas horas mortas
Na
foz encontrei desejos
Em
teu mar abri comportas
Contra
as rochas naufraguei
Em
vulcões me aqueci
Em
lavas me entreguei
Fiz
chuva cair em ti
Fiz
dunas dos teus cabelos
Quais
areias movediças
Nos
teus olhos só degelos
Em
montanhas tu me atiças
Tive
continentes de esperança
Fui
baia desgastado
Granizo
sem ter bonança
Massa
de ar revoltado
No
canal que é tão estreito
Onde
a erosão já floresce
No
desfiladeiro do peito
Há
um oásis que em mim mexe
Na
planície por onde andei
Vi
savanas fiz jardim
Mas
na selva me encontrei
E
em rápidos chego ao fim.
ARIEH NATSAC
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