BRASAS MORNAS…
Brasas mornas, mortiços, azedumes
Que aquecem solidões de avara vida
Contam horas pesadas de uma lida
Gemidos espalhando seus queixumes
Já lá vão as canções – lindos costumes
–
Orvalhos de um renovo já crescido
Entre o loiro e agreste, bem sofrido
Mas na hora do descanso os deixa
impunes
São heróis sem medalhas p’los seus
feitos
Uns esquálidos troncos em seus peitos
– Tremendo-lhes – e a voz a soluçar
No seu refúgio está: cruel saudade
Roupa velha a levar, quando a idade
Vier deixar as marcas e abalar.
ARIEH
NATSAC
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