terça-feira, 5 de janeiro de 2016

BARCO SEM RIO



BARCO SEM RIO…


Vates do meu país venham cantar
Nesta hora tão nostálgica sem dó
Vingança veio à praça p’ra ficar
Fazer-nos em escombros como pó


Saudades são lamentos bem ferozes
Que sangram nossos peitos já cansados
Impotentes às vozes dos algozes
Chicotadas mordendo amordaçados


Na pobreza sombria nós caímos
Ergamos nossa voz com liberdade
Se tivermos a fé nós conseguimos
Do túnel ver a luz com mais verdade


Iremos libertar o nosso sonho
Alcançá-lo em perdão com desafio
Embora o tempo já seja medonho
Não queiramos ser barco sem ter rio.



ARIEH  NATSAC




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