Do meu alto miradoiro
Em que a vista tudo alcança
Vejo o brilho de longa lança
Amarela como puro oiro
E os azuis em que perco a vista
São belos como manto sagrado
Sentidos de um sabor salgado
E de cor tão bela e mista
Mas quantos sóis já por mim passaram
Quantas imagens já se desfizeram
Quando o rei desce ao entardecer
Quantos olhos vi chorar cantando
Quantas bocas vi sorrir de espanto
Depois de se darem sem nada terem.
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