quinta-feira, 14 de outubro de 2010

BOCA DO INFERNO


Vejo emergir com o seu manto negro
Plutão louco de raiva mórbida
Contemplado pelo irónico Neptuno
Que em seu coche de espuma
Cavalga em desabrida fúria tórrida



Júpiter Ilumina-o ou enegrece-os
Ajudado em conselhos por Minerva
Que em seu manto camaleónico
Se estende em movimentos isócronos
E Vénus no seu olhar meigo os observa



Mas seu ritmo ninguém conhece
São rugidos lancinantes de fúria
Saindo das entranhas mais profundas
Que são como lágrimas de Neptuno
Aspergindo-nos com o fel de sua injúria.



                                                                        ARIEH  NATSAC






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