Tocam…
Os bombos da festa
Há cabeçudos
Na frente
Viram à esquerda
Viram ao centro
Viram à direita
Fazem sermões
Delirantes
E marionetas
Batem palmas
Como autómatos
Puxados por ademanes
Por vezes provocantes
Sem contra-regra
Beijam-se na hipocrisia
Riem-se em labirintos
De pensamentos
Madraços
A festa há-de ter dia…
Lá vamos todos janotas
Como cicerones
Sem labita
Para uma cruzada
Com rosto
Que nos vai pôr
Indisposto
Porque a canção
Toda vai mudar
Numa sinfonia riscada
Como se fosse a paga
De um sonho
Cor-de-rosa
Que se derreteu
Em degelo
Num até breve
Que não é nada leve
Por isso não vamos tê-lo
Mas antes sim…
…Concebê-lo.
ARIEH NATSAC
Sem comentários:
Enviar um comentário