SE
O TEMPO PARASSE…
Se
o tempo aqui parasse p’ra te ver
Qual
água em mansidão numa lagoa
Ao
mundo gritaria p’ra dizer
O
que antes fora vida por Lisboa
Aos
sábados à noite bela farra
Corriam-se
as vielas escondidas
Onde
com seus odores lá s’esbarra
Sem
haver preferências destemidas
Hoje
estou tão cansado que só penso…
Das
loucuras fulgor matou imenso
Aquilo
que de jovem já perdi
Outrora
eu levava tudo em frente
No
passado repouso docemente
E
somente recordo o que vivi.
ARIEH NATSAC
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