QUANDO
O MAU TEMPO VOLTOU
Quando
o mau tempo voltou
Ninguém
com ele podia
Toda
a gente se calou
Até
o relógio parou
Sempre
que um homem caía
Caía
ao sol de inverno
Com
uma ruga na cara
Julgava
o mundo eterno
Sem
saber que o inferno
Anda
a fazer-lhe má cara
Sua
casa era bem escura
Feita
à sua medida
Comia
toda amargura
Bebia
mais a secura
De
uma vida tão fingida
Mais
fingida que um cigarro
Que
acaba feito em nada
De
algum modo tão bizarro
O
suspiro do catarro
Vem
lembrar o fim da estrada
Uma
porta ele trancava
Com
medo do que aí vinha
Ao
sol poente cantava
Sua
vida amargurada
Face
da vida que tinha.
ARIEH NATSAC
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