sábado, 29 de novembro de 2014

SÓ VOU DE MIM DEPENDER



SÓ VOU DE MIM DEPENDER


Sou nó que não desata
Na encruzilhada da vida
Sou um carrossel de lata
Numa hora tão sofrida


Sou o copo de cerveja
Que se derrama no chão
E a dor que assim me chama
Passa a ser meu irmão

Numa cadeira deserta
As linhas das mãos vazias
Vejo horas tão incertas
Nas noites sem serem dias


E mesmo que a dor me doa
E se esvaia como fumo
Sei que o pensar não perdoa
Meu delírio sem rumo


Só vou de mim depender
Sem pintar tela bem viva
Para o mundo perceber
Que à solidão não se esquiva.



ARIEH  NATSAC

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