NO
RETALHO DA SAUDADE
No
retalho da saudade
As
lágrimas que bebeste
Fruto
da leviandade
Ou
contraste da idade
Do
mundo por onde andaste
Olhos
de menino triste
Que
em adulto se formou
Tempestade
que subsiste
Que
na vida repartiste
E
num pedaço ficou
São
olhos que não abriste
Um
cravo que se acabou
Ao
tempo ainda resiste
No
lugar que conseguiste
Bandeira
que desfraldou
Foi
um mundo noutro mundo
Onde
o destino aguenta
Mas
pode ir num segundo
Perder-se
lá bem no fundo
Onde
a raiva se fermenta
ARIEH NATSAC
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