ANGUSTIA
JÁ CÁ MORA
Amo
a vida loucamente, mas ela não gosta de mim
Sinto
um desejo cadente, estarei perto do fim?
Ai
de mim tão padecente
Sou
nuvem passageira que vai, ao encontro do nada
Sou
como pedinte que cai, ao percorrer sua estrada
Num
desejo que se esvai
Mísero
ponto do universo, Ofuscado pela solidão
Vivo
em mundo tão perverso, sem beira nem corrimão
Sou
poema de um só verso
Feito
ao Deus dará, Contra o mal e a maleita
Só
ele me ajudará, pois de tudo estou à espreita
Sem
saber quando será
Sou
um escravo acorrentado, minha cabeça não pára
Dou
passos desesperado, Nem o silêncio me sara
Até
quando…obrigado
Olho
as mãos e só vejo dedos, que escrevem em desalinho
Contando
os meus segredos, são como aves sem ninho
Com
muitas penas e enredos
A
velhice mora comigo, e eu moro com ela
Mostra-me
o sinal de perigo, de cor bem amarela
Dela
já sinto o castigo.
ARIEH NATSAC
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