ABRAÇO
À NOITE A LUA
Eu
sinto-me em liberdade
Num
canto da minha rua
Quando
passo a qualquer hora
E
abraço à noite a lua
Sou
o passo que ressoa
Entre
as paredes do vento
Sou
o gesto que perdoa
A
fúria do tormento
Quem
me dera que a saudade
Fosse
para longe distante
E
se juntasse à idade
Como
um perfeito amante
Seria
perfeita a cena
Num
mirante ao luar
E
a magoa mais amena
Num
poema a transbordar
Engrossavam-se
as palavras
Em
oceanos de luz
Mesmo
nas horas amargas
Num
coral a contraluz
Toldado
por um sinal
Que
abrigasse o coração
E
nos causa tanto mal
Às
vezes de perdição.
ARIEH NATSAC
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