TEMPO
PESTE…
Sinto
pesadelos a toda a hora
Eu
não sei porque a velhice me os traz
Afastá-los
quero e tento agora
Conseguir
ao menos viver em paz
Corre
o tempo sem estar à espera
Que
lhe abra a porta quando aqui passar
Porque
ele depressa como a esfera
Rebola
sem ter dias p’ra parar
A
consciência onde estará?
Essa
aliada do tempo que é peste
De
um negro azedume me pintará
O
meu caminho árduo e agreste
Meus
olhos se dilatam sem chorar
Porque
a limalha do tempo os secou
Nuvens
tampam me os sem poder matar
Cruel
destino que em mim aportou.
ARIEH NATSAC
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