MAL
DIZ DA MALDIÇÃO
Segue
o rasto de um louco amotinado
Caminhando
ao relento sem ter beira
Dorme
ao relento de estrelas enfeitado
Casaco
sem botões nem algibeira
Faz
lume em beata sem ter pavio
Curto
que a espera ao tempo já passou
Fez-se
ao largo, zarpou, não teve frio
Lançou
âncora em calçada e ficou
Cansado
já mal diz da maldição
Cruel…já
esperava entre as tábuas
Gastas
por um corpo em contradição
Que
chora, ri soletrando mágoas
Já
se curva perante negro véu
Que
pesa à noite como uma montanha
Do
alto define-o e põe ao léu
Um
simples mortal que ao luar se banha.
ARIEH NATSAC
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