BEM ESTAR NÃO RECUSO
Não sair para a rua já me escuso
De ouvir sentenças mortas todo o dia
Outros ruídos são minha alegria
Deixar de ter cabeça em parafuso
Ouvir ladrar o cão sem ser intruso
No quintal do vizinho o gato mia
Canários pardais que sinfonia
Seu bem estar eu já não os recuso
Admito que é tão bom cantar cantar
Que o tempo dos sermões há-de passar
Pois tudo que aborrece é passageiro
Palavras feras vão com a corrente
Só rasam a fasquia do demente
E são da barca romba, timoneiro.
ARIEH
NATSAC
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