AQUELE BARCO….
Naquele canto da praia bem perdido lá está
Barco partido e já sem o nome de baptismo
As ondas vão e voltam e trazem o ostracismo
De auroras que ao mar se deram e ficaram lá
Valentes homens fizeram dele cama de dormir
Cobrindo-se de lençóis de arrepios e sem dor
Ferindo a alma dos que em terra sentem fervor
Daquela vastidão de cor que se perde sem florir
Casco de verde acastanhado e moribundo
Beijado por aquele mar rebelde que o cumprimenta
Sarcasticamente bailou com ele por todo o mundo
Uma dança de raiva com braços fortes a bracejar
Vendo quem era o mais forte naquela tormenta
Onde foi o baluarte até um dia se finar.
ARIEH NATSAC
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