PEDANTISMO
Do silêncio não vou ser detetive
Sigo os passos em busca do desejo
Não sou pedante apenas antevejo
Que há muita coisa útil em declive
Não encontro a palavra que adjetive
P’ra mostrar vida árida em cortejo
São bazófias suspensas no varejo
Ao vê-las crescer tanto, não se esquive
Quanta satisfação já prolifera
Ao Deus dará no hábil mundo, fera
Onde vaidade é farsa sem rodeio
E ao cair sujo pano – desmorona –
Sucumbe a fantasia e se abandona
Na fogueira pungente do recheio.
ARIEH
NATSAC
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