OLHA A GRAÇA QUE ELA TEM
Quando passo à tardinha
Passa o tempo sorrateiro
Ao descer uma escadinha
Vejo um bairro prazenteiro
Tem a Graça que ela tem
Vista de cada janela
É Lisboa que aí vem
E não me canso de vê-la
Nos seus becos ou travessas
Tem chafarizes a pingar
De pedra... a sede cessas
E também fazes promessas
Da sede ir ali matar
Tem varandas bem floridas
Esquina tem lampião.
Meninas feitas garinas
Muito frescas e ladinas
Procuram seu coração
E nas águas-furtadas
Onde tudo é diferente
Vê-se no Tejo as fragatas
Sustento de muita gente
É a Graça que cá mora
Guardada em seu tesoiro,
A São Vicente implora
Do seu belo miradoiro.
ARIEH NATSAC
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