SABOR AMARGO…
Ouvem-se as bombardas na madruga
Em auroras de ócio onde te castigas
Na calada na noite como tartaruga
Pachorrenta. Deslizas num campo de urtigas
Esfaqueia-se o tempo em céu aberto
Há suspiros que se dão sem terem história
Labirintos de raposas em mato incerto
Que mastigam num repasto sem memória
Mergulham em pó de talco e se ocultam
Só lhe vimos na escuridão oiro dos dentes
Mastigando numa sala doiradas sementes
Tendo o sabor amargo de que resultam
Acidez de família enlatada em réstia de cebolas
Que se penduram em seu nome de lantejoulas…
ARIEH NATSAC
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