A REVOLTA DOS SAPOS…
Tiro a espada sem ter bainha
Corto o vento em mil pedaços
Numa fúria que se continha
Não tendo pernas nem braços
Bebo copos de zimbro ou cicuta
Para fazer digestões bem amargas
Travo com o desespero árdua luta
Num terreiro cheio de ervas bravas
Como o sol quando ele se esconde
Num braseiro que não se apaga
Ofereço safiras sem ter a paga
Em tapetes de vergel sem que se monde
Entre multidões de sapos ressequidos
Cantando seus hinos bem aturdidos.
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