MINHA CONFIDENTE
Sento-me junto a
ela
Ponho-lhe os meus
braços em cima
Meto as minhas
pernas
No meio das dela
Não reage
Eu sinto-me bem
Conto-lhe os meus
segredos
Que ela tão bem
guarda
Sabe o que dizem
os meus dedos
Vê aquilo que
escrevo
Sem nunca se
arreliar
Mantêm-se surda e
muda
Ao ouvir minhas
conversas
Mesmo que sejam
adversas
Guarda com muito
cuidado
As minhas cartas
os poemas
Até cheques, sem
pedir aumento
É a minha doce
confidente
Sem ter horário
Sem ter um
sorriso
Ou esgar de ciúme
Gosto dela assim
como é
Da sua maneira
Ela é minha
secretária
Com seu perfil de
madeira.
ARIEH NATSAC
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