FECHA-SE O TEMPO
Fecha-se o tempo
num tempo passado
São bolas de sabão
que voam perdidas
Resquícios de
horas num tempo irado
Que jaz no meu (des)peito tão ressequido
(Cl)amor que volatilizou tempestade
D’um negrume que
me escurece a alma
Perdida (en)
contra marés de eternidade
Que o meu olhar
já chora sem ter calma
Houvera noite escuridão imatura
Presa em luares
que m’aquecem o rosto
Na solidão que
solta ais sem candura
Como mês que
rompe sem ser Agosto
Onde é desejo efémero de alvura
No meu rio (sem)
cidade ao sol posto.
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